segunda-feira, 21 de março de 2011

Comissão investigará morte de mulher em Porto Franco

SÃO LUÍS - A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa vai investigar o suposto enforcamento da jovem Tamires Pereira Viegas, de 19 anos, encontrada morta no dia 8 de março - quando é comemorado o “Dia Internacional da Mulher”- no corredor da Delegacia Regional de Porto Franco.
O anúncio foi feito nesta terça-feira, dia 15, pela presidente da Comissão, deputada Eliziane Gama (PPS), depois de reunião com os deputados Bira do Pindaré (PT), Eduardo Braide (PMN), Edson Araújo (PSL), com o prefeito de Campestre do Maranhão, Emivaldo Macedo (PDT), e com os vereadores Cícero Miranda (PDT) e Amarildo Macedo (PPS).
Ficou definido que na próxima quinta-feira, 17, a partir das 15h, a Comissão de Direitos Humanos ouvirá os depoimentos do delegado regional de Porto Franco, Jackson Farias de Jesus (recebeu Tamires na Delegacia), do delegado Eduardo Cardoso, que preside o inquérito, e de Josefa Veigas (mãe de Tamires).
Para Eliziane Gama, o enforcamento será investigado pela Comissão porque o fato foi extremamente atípico e misterioso. “Tamires morreu, exatamente no dia 8 de marco, Dia Internacional da Mulher, pendurada em uma corda no baixo corredor da delegacia, onde é quase impossível uma pessoa se enforcar”, afirmou.
Em contato com a deputada Eliziane Gama, o delegado Jackson Farias informou que o laudo do Instituto de Criminalística, de Imperatriz, constatou que Tamires se enforcou. Segundo ele, a corda de armar rede usada no enforcamento foi deixada, numa escápula, no corredor da delegacia, por um preso de regime semi-aberto, conhecido como “helicóptero”.
Enforcamento
Durante reunião com os deputados, o prefeito Emivaldo Macedo (PDT) e os vereadores Cícero Miranda (PDT) e Amarildo Macedo (PPS) expressaram a revolta da população de Campestre do Maranhão com o suposto enforcamento da jovem Tamires Pereira Viegas.
Segundo o prefeito, tudo começou às 3h20 da madrugada de terça-feira de Carnaval, em Campestre. A jovem Tamires participava da festa e se envolveu em uma confusão provocada por um casal, que foi contido com spray de pimenta jogado por policiais militares.
O spray de pimenta atingiu Tamires, que reclamou e foi presa pelos policiais militares Soares e Honório, e conduzida para a delegacia de Porto Franco, onde chegou às 3h30m. Às 4h30m o carcereiro encontrou Tamires enforcada no corredor da delegacia. Alguns presos informaram ao prefeito e aos vereadores que a jovem foi espancada antes de morrer.
Investigação
O secretário de Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes, disse que foi aberto inquérito para apurar as consequencias da morte de Tamires na dentro da delegacia. Ele afirmou que o laudo cadavérico ficou pronto e constatado que a jovem morreu vítima de asfixia.
Mesmo assim, o secretário acha necessário apurar como aconteceu o caso dentro do presídio. Garantiu que no prazo máximo de 30 dias a Polícia terá uma resposta para a morte de Tamires.
Com as informações da Ascom/Assembleia Legislativa.

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